segunda-feira, 18 de julho de 2011

O SAMBA QUE SAIU DA RODA E O TANGO QUE PERDEU SEU PASSO.



Até agora, não sei se foi de forma merecida ou de forma injusta que as seleções da Argentina e da CBF (do Brasil não, porque não é a seleção que a nação quer, mas sim, o Sr.Ricardo Teixeira) foram eliminadas. Fiquei pensando, porque fizeram uma primeira fase pífia e se classificaram passando sufoco. Mas, de forma surpreendente, jogaram muito bem os jogos de quartas-de-final, até melhor que seus adversários e foram eliminadas.


Foi merecido ? Sim e não. Não foi merecido, pelos jogos que fizeram, tanto o Brasil e a Argentina jogaram muito bem contra o Paraguai e o Uruguai, respectivamente, mas os pênaltis foram cruéis, até porque a bola pune, “quem não faz leva”. Sim, foi merecido, pelo simples fato das seleções não terem apresentado um bom futebol na primeira fase, foram seleções mal convocadas e mal preparadas. Não existiam times ou seleções, mas sim individualidades boas. Lembrando que no futebol não tem essa de individualidade, o conjunto que precisa se prevalecer à isso e não o inverso. Uma lição que tanto a AFA e a CBF precisam aprender, o Messi não ganha jogo e muito menos o Neymar.


O jogo da Argentina contra o Uruguai foi interessante de se ver, porque o Uruguai não teve medo dos anfitriões e partiu pra cima, já a Argentina também partiu pra cima e o jogo tornou-se bem divertido. A Argentina perdeu muitos gols e o Uruguai também perdeu alguns gols, mas, para o time uruguaio, foi difícil ficar atacando a Argentina quando perdeu um jogador. Jogo eletrizante e emocionante, o Uruguai na raça e a Argentina na técnica, gostei. Resutado de 1 x 1 no jogo normal e, nos pênaltis, 5x4 pro Uruguai.


O jogo do Brasil contra o Paraguai foi mais interessante ainda, porque a Argentina foi desclassificada pelo Uruguai que tem camisa, tradição e tem grandes jogadores, já o Brasil conseguiu a proeza de ser eliminado pelo Paraguai, que não tem camisa, não tem tradição e não possui nenhum grande jogador. O Brasil dominou o jogo, criou várias oportunidades, mas, assim como a Argentina, perdeu muitos gols. Resultado de 0x0 nos 120 minutos e 2x0 pro Paraguai nos pênaltis. Acho que o Palermo abriu uma escolinha de "como bater pênaltis" em La Plata e os jogadores da seleção brasileira aprenderam como se bater um pênalti com o "mestre". Acho que perder 4 pênaltis é demais, né, não ?

Agora, só nos resta refletir sobre tudo. Mano Menezes não é técnico de seleção,pelo menos, está demonstrando não ser, e se ele tiver alguma competência como técnico, convocará os jogadores que realmente merecem vestir a “amarelinha”, pois esse descompromisso e esse estrelismo acabam com qualquer seleção brasileira. O Dunga, na seleção, convocou melhor que o Mano, fazendo uma comparação, o Brasil, com o "zangado", tinha uma defesa sólida, um meio-campo razoável e um ataque razoável, já na seleção atual, a defesa é fraca, o meio-campo é ridículo e o ataque consegue ser pior !

quarta-feira, 6 de julho de 2011

No "Swing" do Gaúcho !



No jogo de um time só e em mais uma excelente exibição de Ronaldinho Gaúcho, o Flamengo bateu o São Paulo por 1x0 e pulou pra vice-liderança do campeonato brasileiro. O time do Flamengo venceu a 3ª seguida, São Paulo perdeu a 3ª seguida e pode sair do G-4 ao final da rodada.

O jogo começou com um domínio aparente, mas de certa forma tímido, do São Paulo. O time marcava forte as laterais do Flamengo, sempre atacando com Marlos e Jean em cima do Junior César e com Juan e Fernandinho em cima do Léo Moura. O domínio era tímido, tanto que o lance de maior perigo foi de Fernandinho aos 11 minutos, na qual Felipe abafou a jogada. Impressionantemente, depois dos 15 minutos, o São Paulo parou de jogar e o Flamengo se recuperou do susto inicial que tinha tomado e começou a jogar bola. Ronaldinho, o melhor em campo e que ditava o ritmo do Flamengo, driblava com a maior facilidade e realizava seu bom futebol. Thiago Neves aparecia pra jogar, tabelava, driblava e chutava pro gol. As jogadas de maior perigo sairam de cruzamentos na área do São Paulo, mas sem muito perigo. O Flamengo dominava, mas não chutava tanto pro gol.

No segundo tempo, o Flamengo voltou querendo ganhar e o São Paulo tentava não perder. Tanto que o Flamengo começou a chutar pra gol, resolveu agredir mais o time paulista. Léo Moura apareceu muito no 2° tempo, coisa que não fez no 1° tempo, Thiago Neves e Ronaldinho faziam tabelas e o Junior César aparecia pra fazer triangulações, mas era difícil furar a retranca feita por Carpegiani. Houve um pênalti não marcado em cima de Ronaldinho, depois de uma bela jogada do camisa 10. Até que o melhor da noite surgiu, Luxemburgo. Ele trocou Airton por Bottinelli e Deivid por Negueba. O time ficou mais leve, mais rápido, mais ofensivo e isso confundiu a zaga do adversário. Isso tornou-se em vantagem no marcador, Negueba fez linda jogada pela direita e cruzou pra trás, Thiago Neves fez o “corta-luz” e Bottinelli chegou batendo no canto esquerdo de Rocgério Ceni: 1x0. Assim, o jogo foi sendo levado.

O Flamengo jogou contra um time na qual o empate era o melhor resultado possível. O São Paulo fez um clássico entre dois gigantes do futebol brasileiro se tornar em um jogo de time grande contra time pequeno. Coisa inadmissível. Agora, podemos constatar que o Flamengo e o Ronaldinho Gaúcho evoluem a cada a rodada e o time confirma ser um dos postulantes ao título, já o São Paulo desce a ladeira após a sequência de 5 vitórias seguidas que teve no início do brasileirão !

domingo, 5 de junho de 2011

O ÚLTIMO JOGO DO ÍDOLO



O Flamengo empatou com o Corinthians, 1 x 1, em um jogo marcado pela despedida de um ídolo da torcida rubro-negra: Dejan Petkovic, que jogou apenas 45 minutos do clássico. O jogo valeu o ingresso, tanto pela despedida e tanto pelo duelo entre as duas equipes. Antes do jogo, Petkovic foi homenageado pela torcida do Flamengo. Foi feito um mosaico para o sérvio, que primeiro tinha as cores da bandeira da sérvia e depois ficava com a cor rubro-negra.

O jogo teve 2 tempos distintos, 1° tempo equilibrado, mas com leve vantagem para o Corinthians e o 2° tempo o Flamengo jogou melhor, mas sem ameaçar muito a meta de Júlio César.

No primeiro tempo, os times mostraram muita vontade e técnica, aliás tanto o Flamengo e o Corinthians possuem bons times. O Corinthians começou melhor com um chute de William, com defesa de Felipe e no rebote Liédson cabeceou nas mãos do goleiro rubro-negro. Logo após, Jorge Henrique recebeu um lançamento na esquerda nas costas da zaga do Flamengo, só que o chute foi pra fora. O Flamengo respondeu com boas jogadas de Pet e Ronaldinho, principalmente, quando os dois encostavam pra tabelar. Respondeu com muitos chutes de fora da área, com Willians, Bottinelli e Renato Abreu, mas Corinthians marcava muito bem e saia muito nos contra-ataques, explorando sempre as laterais do campo, principalmente, nas costas do Egídio. Aos 20 minutos, após boa jogada de Wélder, que passou por Egídio e cruzou rasteiro, William apareceu na primeira trave, antecipando David Braz e marcou, 1 x 0.

O time carioca sentiu o golpe do gol e ficou nervoso, as saídas de bola ficaram ruins, o erro de passe ficou muito crônico, prejudicando a ligação defesa-ataque. O time paulista “cozinhava” o jogo ao invés de partir pra cima e tentar fazer mais gols. Esqueceu que com o Flamengo não se brinca, então o rubro-negro se achou na partida e pressionou. Pet, em sua característica, fez uma enfiada de bola e achou Wanderlei, livre, que perdeu o tempo de bola e não conseguiu finalizar, dividindo com o goleiro corinthiano. No final do primeiro tempo, falta para o Flamengo de meia distância. Renato Abreu bateu a falta, com muito efeito, tirando do goleiro. A bola morreu na gaveta, golaço, 1 x 1. Assim, terminou o 1° tempo.

No intervalo, Petkovic foi homenageado, ganhou uma placa da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, foi ovacionado pela torcida rubro-negra e fez a volta olímpica. Isso tudo foi mais que merecido, o sérvio foi um grande jogador, o maior camisa 10 da história do Flamengo, após o Zico. Mesmo sendo despedida, Pet jogou bem, demonstrou pra todos que “a bola ainda gosta dele”. Um ídolo que se despede, fazendo o futebol sentir saudade ! Valeu, Pet !

No segundo tempo, Vanderlei Luxemburgo lançou Negueba no lugar do sérvio. O Flamengo ficou mais rápido e empurrou o Corinthians pra defesa, mas nada demais aconteceu na etapa final. Os lances de maior perigo foram um chute de Ronaldinho na trave e uma jogada do Gaúcho, que arrancou pela direita e rolou pra Diego Maurício, livre, chutar pra fora.

Final de partida, 1 x 1. Flamengo termina a rodada em 9° colocado, com 5 pontos, e o Corinthians termina a rodada líder, com 7 pontos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A RAÇA URUGUAIA

Em uma partida eletrizante, emocionante e pegada, o Peñarol se classifica, em cima do Vélez Sarfield, para a final da libertadores, mesmo perdendo por 2 x 1. O time uruguaio fará a final contra o time do Santos, que se classificou ontem em cima do Cerro Porteño. Os times reeditarão a final de 1962, na qual o time brasileiro levou a melhor.

O Peñarol tinha ganhado o 1° jogo por 1 x 0 e precisava apenas de um empate para se calssificar. O time se portou bem no 1° tempo, marcando firme o bom time do Vélez Sarfield e saindo muito bem nos contra-ataques. Levava sempre perigo pelo lado esquerdo de seu ataque com Martinuccio (melhor jogador do Peñarol em campo) e Mier. O perigo foi tanto que conseguiram abrir o marcador, após uma "jogadaça" de Martinuccio, driblando 2 adversários e rolando pra Mier, que dominou e bateu no canto, 1 x 0.

O Vélez precisava fazer 3 gols, já que o gol sofrido em casa mudava o panorama da partida. Se já era dificil fazer 2 gols, 3 gols se tornou uma missão quase impossível. O time argentino correu, brigou e conseguia levar perigo com Martínez ( melhor jogador em campo ) e com Silva. Mesmo a arbitragem anulando mal um gol do Vélez, os argentinos chegaram ao empate no final do 1° tempo com Tobio, após rebote do goleiro Sosa.

O 2° tempo só deu Vélez e em uma triangulação entre Fernandez, Matinez e El Tanque Silva, os argentinos viraram o placar, 2 x 1. Mesmo com um a menos, o Vélez foi guerreiro. Consguiu arrumar um pênalti, mas que foi desperdiçado por Silva.  Mesmo assim, o Vélez teve muitas dificuldades em superar a forte marcação do Peñarol, que foi muito aplicado taticamente e muito aguerrido.

No final, a raça, a aplicação tática e o gol feito fora de casa classificaram o time uruguaio para a final da Copa Libertadores da América, que possui o sonho do Hexacampeonato continental.

Será uma final de um futebol técnico e habilidoso contra um time com raça e com muita aplicação tática. Agora, só sentar e assistir mais um grande jogo de libertadores e fazer suas apostas pra quem será o campeão continental.